Após o prefeito eleito, João Rodrigues, anunciar a redução de sete secretarias, entre elas a da Secretaria da Cultura, um movimento da classe artística e do Conselho Municipal de Cultura pede a permanência da Secul.
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Conforme os organizadores a decisão não foi debatida junto à classe artística nem ao Conselho Municipal de Cultura. Somente após o anúncio nas mídias aconteceu uma reunião, no dia 14 deste mês, com a futura diretora nomeada por João Rodrigues, Roselaine Vinhas.
Na reunião debateu-se, junto aos conselheiros de cultura e a classe artística, as mudanças da Secretaria para Fundação Cultural. Nessa mesma reunião os conselheiros municipais de cultura se posicionaram contra a mudança de Secretaria para Fundação, com apenas um voto de “abstenção”, sendo todos os demais a favor da permanência da Secretaria.
De acordo com Roselaine Vinhas, as mudanças de Secretaria para Fundação agilizariam os processos burocráticos e permitiriam à Fundação a captação de recursos junto às empresas, o que contribuiria para o desenvolvimento das ações. O argumento da futura administração para transformar em Fundação é o enxugamento da máquina pública, porém, a Secretaria de Cultura tem o segundo menor orçamento da Prefeitura atualmente.
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A classe artística acredita que essa mudança não beneficiará nem o setor, nem a comunidade, pois tira a responsabilidade do governo em aplicar e investir em cultura. Dessa forma, a responsabilidade seria transferida para a fundação, se eximindo das políticas públicas que devem partir de ações do governo.
A Secretaria de Cultura de Chapecó completa, hoje (17), oito anos. É a primeira do estado.
Um dos exemplos da qualidade do serviço técnico desenvolvido pela Secretaria de Cultura foi a implementação e aplicação da Lei Federal Aldir Blanc em Chapecó. Enquanto muitos municípios não conseguiram desenvolver editais e fazer o recurso chegar à classe artística, tendo que neste momento devolver os recursos ao Governo Federal, o município de Chapecó foi exemplo. Desenvolveu e aplicou os três incisos da Lei, de forma a cumprir efetivamente o seu papel no momento em que o setor cultural passa por sua maior crise.
A classe artistica é contra a extinção da Secretaria de Cultura por que defendem que essa é uma conquista não só da classe, mas de toda a comunidade, de modo que garante o investimento e a gestão do dinheiro público na área.
Nas redes sociais você pode encontrar o movimento através das hashtags #FicaSecul e do Instagram @ficasecul
Informações: Movimento #FicaSecul